sexta-feira, 30 de novembro de 2012
A perda do primeiro amor
“Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; (Apocalipse 2.4-5b) Portanto, a perda do primeiro amor é uma queda, é chamada pecado e necessita arrependimento. Tem muito crente que continua se dedicando ao trabalho do Senhor, mas perdeu sua paixão. Faz o que faz por hábito, rotina, por medo, pelo galardão, por qualquer outro motivo. O crente acompanhado daquele primeiro amor intenso faria sentido, mas sozinho não.
A queixa que o Senhor faz é o fato destes crentes terem deixado o primeiro amor(ou abandonado, depende a tradução)
PORQUE PERDEMOS O PRIMEIRO AMOR
O primeiro amor é como um fogo, se você põe lenha ele se inflama mais, contudo, se você joga água ele se apaga... Falhamos em não alimentar o fogo, mas também em permitir que outras coisas o apaguem.
Várias coisas contribuem para que nosso amor pelo Senhor sofra a perda de intensidade.
Mas há três, precisamos entender estes aspectos e como eles nos afetam:
1) O convívio com o pecado;
2) A falta de profundidade;
3) A falta de tratamento.
O convívio com o pecado tem o poder de esfriar nosso amor por Deus:
“E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se esfriará”. (Mateus 24.12)
Quando fala do convívio com o pecado, que dizer que Jesus se refere aos pecados da sociedade em que vivemos. Por se multiplicar o pecado à nossa volta (não necessariamente em nossa vida), passar a conviver com algumas coisas que, ainda que não as pratiquemos, começamos a tolerar.
Precisamos ter o cuidado de não nos acostumarmos com o pecado à nossa volta. Na Tv os desenhos, programas, novelas os filmes, nos proporcionam entretenimento que nos faz acostumar com certos valores contrários aos que pregamos. Acabamos aceitando violência, imoralidade e muitos outros valores mundanos.
Mesmo que não cedendo a estes pecados, se não mantivermos um coração que aborreça o mal, nos acostumaremos a estes valores errados à ponto de nosso amor se esfriar.
Precisamos agir como Ló, que se afligia pelas iniqüidades cometidas à sua volta:
(porque este justo, pelo que via e ouvia quando habitava entre eles, atormentava a sua alma justa, cada dia, por causa das obras iníquas daqueles), é porque o Senhor
sabe livrar da provação os piedosos e reservar, sob castigo, os injustos para o Dia de Juízo”. (2 Pedro 2.6-9)
2º fator que contribui para o esfriamento de nosso amor para com o Senhor é nossa falta de profundidade na vida cristã. Jesus fez menção, na parábola do semeador, da semente que caiu em solo pedregoso; é aquela planta que brota depressa, mas não desenvolve profundidade. Porque a raiz não consegue penetrar fundo no solo (pois se depara logo com a pedra), se torna superficial, se desenvolve na superfície. O resultado é que, saindo o Sol (figura do calor das provações), esta planta morre logo.
“A que caiu sobre a pedra são os que, ouvindo a palavra, a recebem com alegria; estes não têm raiz, crêem apenas por algum tempo e, na hora da provação, se desviam”. (Lucas 8.13)
Aquelas áreas que não são tratadas em nossas vidas podem não parecer tão nocivas hoje, mas serão justamente estas áreas que poderão nos sufocar na fé e no amor ao Senhor depois. A queda não é um acidente, nem um ato instantâneo ou imediato. É um PROCESSO que envolve repetidas negligências de nossa parte; e são estas mesmas “inocentes” negligências que nos vencerão depois. Por isso, devemos dar mais atenção às áreas que precisam ser trabalhadas em nossas vidas.
Este é um caminho para proteger nosso amor ao Senhor. O cuidado nestas três áreas nos será útil para evitar a perda do primeiro amor. Contudo, muitos já tem perdido.
O CAMINHO DE VOLTA
Foi o próprio Senhor Jesus que propôs o caminho de restauração:
“Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas”. (Apocalipse 2.5)
Cristo falou de três passos práticos que devemos dar a fim de voltarmos ao primeiro amor:
1) “Lembra-te”;
2) “Arrepende-te”;
3) “Volta à prática das primeiras obras”.
O primeiro passo é um ato de recordação, de lembrança do tempo anterior à perda do primeiro amor. Não há melhor maneira de retomá-lo do que esta... relembrar os primeiros momentos de fé, de experiência com Deus. O profeta Jeremias declarou:
“Quero trazer à memória o que me pode dar esperança”. (Lamentações de Jeremias 3.21)
Algumas lembranças têm o poder de produzir em nós um caminho de restauração. Muitas vezes não nos damos conta daquilo que temos perdido. pense como que estamos vivendo hoje com aquilo que já experimentamos antes em Deus.
Muitos cristãos vivem só dos cultos semanais. Não investem tempo num relacionamento diário, não oram não se enchem da Palavra, não procuram mortificar sua carne e viver no Espírito, não se engajam no trabalho do Pai. São cristãos sem profundidade, vivem só na superfície! A questão de profundidade nas coisas espirituais é aplicada não só à caminhada cristã.
O mesmo princípio de profundidade se aplica ao reino de Deus e das trevas. Nós que conhecemos a verdade não podemos nos relacionar superficialmente com ela. Se desenvolvermos raízes profundas em Deus não fracassaremos na fé.
3º fator que contribui para o esfriamento de nosso amor ao Senhor é a falta de tratamento em algumas áreas de nossas vidas. Vimos que um dos exemplos de crescimento abortado que Jesus revela na parábola do semeador é a falta de raiz, de profundidade. Mas outro exemplo que o Senhor nos dá nesta ilustração é o da semente que caiu entre espinhos:
“Outra caiu no meio dos espinhos; e estes, ao crescerem com ela, a sufocaram”. (Lucas 8.7)
Note que os espinhos não pareciam ser tão comprometedores a princípio, pois eram pequenos. Mas porque não foram arrancados, eles cresceram.
“A que caiu entre espinhos são os que ouviram e, no decorrer dos dias, foram sufocados com os cuidados, riquezas e deleites da vida; os seus frutos não chegam a amadurecer”. (Lucas 8.14)
Fonte: Luciano Subirá
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